Jorge Fonseca da Silva despede-se do cargo de Presidente da Gadolando
Aos associados da Gadolando:
Quando assumimos a Presidência da Gadolando, no final de maio de 2016, destacamos as intenções de: primeiro, exercer o mandato somente por um período, sem concorrer à reeleição; segundo, deixar uma nova diretoria 20 anos mais jovem.
Ambas estão sendo cumpridas e a justificativa é de que somos favoráveis à constante renovação e, sempre que possível, incluindo novas ideias com juventude e energia para o bem da instituição.
Cumpre-nos agradecer aos companheiros de diretoria pelo cumprimento do nosso mandato, entendendo que fizeram o possível dentro de seus cargos em favor da Gadolando. Também, ao Conselho Técnico e ao quadro de funcionários pelo esforço e dedicação nas suas respectivas funções.
Quando assumimos, em 2016, já estava instalada a crise econômica e no setor primário, principalmente, no leite. E o quadro se agravou. O êxodo no setor leiteiro vem aumentando e, segundo dados da Emater, cerca de 25.000 famílias já abandonaram a produção. Os produtores não têm mais condições de manter o equilíbrio de suas granjas e estão sem recursos para atender seus compromissos. A inadimplência é crescente e os bancos pressionam seus credores.
Nos últimos três meses, o petróleo aumentou 37.43% em reais. O dólar vem sendo valorizado e, consequentemente, os insumos sobem desproporcionalmente, sufocando o produtor.
Coube-nos dirigir a Gadolando dentro desta desastrosa situação econômica. Buscamos a adequação a tal situação, tomamos atitudes necessárias, como uma redução de aproximados 40% da folha de pagamentos, obtidos com a dispensa de funcionários.
Durante o período, contatamos com cooperativas, laticínios, federações sindicatos, políticos, prefeituras e demais instituições, pedindo e buscando auxilio e cooperação para o nosso setor, sendo sempre recebidos com cordialidade, mas com promessas e respostas postergadas e sem evolução. Todos enaltecendo a crise do país.
Com relação às feiras e exposições, as dificuldades foram enormes. As feiras do interior, mesmo oferecendo prêmios consideráveis em dinheiro, tiveram dificuldades para conseguir número suficiente de inscrições para ranqueamento.
Esse quadro é semelhante nas demais associações do Brasil, onde a própria entidade mãe, a brasileira, enfrenta dificuldades e conta hoje somente com duas funcionárias e sem patrimônio imobiliário.
Resta-nos desejar à nova diretoria, liderada pelo Dr. Marcos Tang, uma melhor sorte com os rumos do Brasil, possibilitando aos criadores de gado holandês uma retomada do crescimento e a consequente motivação para seguir investindo na raça.
Jorge Fonseca da Silva
Foto: JM Alvarenga
Assessoria Gadolando: (53) 99118-8003 (WhatsApp)